quinta-feira, outubro 28, 2004

Vontade de mudar

Hoje passei o dia tentando encontrar um template melhor pra essa birosca. Rodei a internet atrás de qualquer coisa que me agradasse. No final, desisti e acabei pegando um desses prontos que o Blogger oferece.

Também passei o dia tentando pintar o cabelo, mas não deu porque Jureba resolvei vir aqui à tarde e atrapalhou meus planos. Sem contar que bateu uma dor de consciência desgraçada por causa do dinheiro que eu vou gastar com isso e eu acabei nem ligando pro cabeleireiro.

Saldo do dia: continuo com um template bosta e um cabelo cor-de-bosta.

p.s.: Eu não quero ficar loira, relaxem.

quarta-feira, outubro 27, 2004

Com vontade de bloggar

O primeiro livro que eu escolhi pra mim foi "O Bichinho da Maçã e o futuro", do Ziraldo. Não lembro quando foi, acho que eu nem sabia ler ainda. Tenho o livro até hoje e sou apaixonada por ele. É muito fofo.

Mas, apesar da minha biblioteca pessoal ter começado cedo, eu só tomei gosto por leitura bem tarde. Lá pelo colegial, quando a escola me obrigou a ler "Dom Casmurro". Foi amor à primeira vista. Até hoje, Machado está no topo da minha lista, em segundo lugar, pra ser mais exata.

Depois daí veio muita gente boa: Miguel Torga, Borges (responsável por "A escrita do deus", conto mais lindo que eu já li), Oscar Wilde, João Ubaldo, Saramago, Shakespeare, Hemingway (AAAAAH, "O VELHO E O MAR" É BONITO DEMAAAAAAAIS), Eça, Clarice, Garcia Marquéz, Andreiev... nhé... Devo ter esquecido um bocado, mas vocês me perdoam.

E ainda tem muitos autores que eu PRECISO conhecer (Proust, Guimarães Rosa, Homero, Goethe, James Joyce, Kafka e por aí vai - aceito sugestões nos comentários), mas eu ainda não tive coragem.

Um episódio importante na minha vida de aprendiz de traça foi há alguns anos atrás, quando coloquei na cabeça que eu tinha que ler Tolstoi. Dediquei algum tempo da minha vida à leitura de "Guerra e Paz". Depois disso, eu nunca mais tive medo de livro grande. Até porque, hoje é muito difícil eu achar que um livro seja grande. Sem contar que, muito mais importante que o número de páginas, é o meu gosto pelo conteúdo. Pra mim foi muito mais tranqüilo ler "Guerra..." até o fim do que "O Guarani", por exemplo (apesar de consciente sobre sua importância para história da literatura brasileira e das boas intenções que ele tinha, EU ODEIO JOSÉ DE ALENCAR).

E foi logo depois de Tolstói que eu encontrei aquele que, para mim, é o melhor escritor que já existiu: Fiódor Dostoiévsky. Mesmo que ele não tivesse escrito um romance inteiro, só "O Grande Inquisidor" (capítulo de "Irmãos Karamázovi") já o teria qualificado como o maior na minha lista. Pra mim, ele é o melhor. E pronto. Acabou o post.

segunda-feira, outubro 25, 2004

Silicone

Aqui em casa é uma coisa estranha, a minha irmã tem peitos enormes e eu não tenho quase nada. Ela sofreu muito mais com o excesso do que eu com a falta, mas nunca quis tirar. Até algum tempo atrás, quando ter peito ainda não era moda, dava muito mais trabalho achar roupas pra ela do que para a minha despeitada pessoa. Não é que a coisa mudou?

Semana passada, tive que comprar um vestido para ir à formatura do irmão de um amigo de Jureba. Entrei na minha loja preferida, experimentei alguns vestidos, e acabei escolhendo um que, segundo a vendedora, só precisava apertar um pouco no busto. Eu achei que não ia dar certo, mas Jureba estava lá comigo e me convenceu de que a mãe dele (que é costureira) daria um jeito fácil. Como o vestido era lindo e eu, sinceramente, queria acreditar que cabia nele, acabei pagando a pequena fortuna que ele valia.

No outro dia, fui conversar com a mãe de Jureba já mais do que desconfiada de que tinha feito besteira. Ela confirmou as minhas suspeitas com um certeiro "não tem jeito não, o que falta aí é peito".

Voltei à loja, experimentei todos os vestidos e não houve nenhum, NENHUM que não ficasse folgado no busto. Acabei comprando uma calça de crepe e uma blusa bonita pra não ir nua.

É claro que na formatura eu era uma das três mulheres de calça num universo de mais de 5000 pessoas.

Aí veio o golpe de misericórdia no meu amor próprio. Resolvi tirar foto ao lado de alguns ex-colegas de ginásio e, quando fui conferir o resultado na telinha da câmera digital, quem é que aparece posando do meu lado? A menina mais bonita do colégio, aquela de beleza mitólogica que tem a pele linda, o cabelo sedoso, malha desde os 15 anos e, ainda por cima, é tão legal que nem dá pra odiar.

Resultado do fim de semana: QUERO PEITOS, UM NARIZ NOVO, MELHOR, UM ROSTO NOVO, UM CABELO NOVO, UMA LIPO E UMA VONTADE LOUCA DE MALHAR AGOOOOOOOORA!!!!

quinta-feira, outubro 21, 2004

De volta pro aconchego

Minha ida a São Paulo, como sempre, foi maravilhosa. Não estou podendo gastar muito tempo na net agora, senão contaria alguns episódios pitorescos. Até lá, confiram a lista dos três livros que meu avô ganhou de aniversário:

- "O Código da Vinci"
- "O Evangelho segundo Jesus Cristo"
- "Olga"

Não acharam nada demais? Agora fiquem sabendo que meu avô é super católico, daqueles que ainda respeitam o papa, e absolutamente anti-comunista e leiam a lista de novo. Eu sou a única bocó ou mais alguém riu muito?


Frase do Dia: "Nenhum descendente de italiano nunca estará satisfeito com sua aparência." (Paulo Vanzolini)

sábado, outubro 09, 2004

Lena e Jureba em Sampa

DOMINGO (10/10)
Pira e Jureba chegam em São Paulo. Viremos em vôos separados, ele só chega 18:50, então nem vai dar pra fazer nada, além de curtir a noite com a família.

SEGUNDA (11/10)
Manhã: Passeio pela Liberdade. O Lantis será o guia turístico oficial (nos encontraremos 10hs na catraca do metrô). Black Lotus já demonstrou interesse em participar.
Noite: Pizza na casa do Lotus (bairro ipiranga, rua 28 de setembro, número 877, ele prometeu que depois ensina todo mundo a chegar lá), a partir das 21:30h. Todo mundo tem que levar uma graninha pra gente pedir pizza e dividir a conta, certo?

TERÇA (12/10)
Vamos passar o dia inteiro em Cotia, na casa do meu tio (se fosse na casa da minha tia teria rimado).

QUARTA (13/10)
Manhã: Passeio pela 25 de Março. Outra vez, o Lantis será o guia. Jureba quer moamba e não abre mão de visitar a 25 (eu mereço).

QUINTA (14/10)
Esse é o dia do aniversário do meu avô. Apesar da festa só ser no sábado, estou deixando esse dia livre porque talvez a gente vá pra um restaurante, ou coisa assim. Como ainda não tenho certeza, ainda não marquei nada.

SEXTA (15/10)
Noite: Trash 80`s. Se alguém puder me arranjar flyers ou pôr meu nome e o do Jureba em alguma lista seria ótimo, he he he.

SÁBADO (16/10)
É o dia da festa de aniversário de 90 anos do Vô Martinelli.

DOMINGO (17/10)
Manhã: Jureba vai embora.

SEGUNDA (18/10)
Dia livre.

TERÇA (19/10)
Vou embora! Mas nem sei o horário direito....

terça-feira, outubro 05, 2004

Lamento Sertanejo

Dois posts em dois dias. Eu sei que isso nem é muito minha cara, mas é que a inspiração que faltou ontem resolveu aparecer hoje e deu vontade de escrever.

Estou às vésperas de uma viagem pra São Paulo. Isso sempre me deixa feliz e um pouco mais reflexiva que de costume. Fico pensando nos amigos que vou encontrar, nos ótimos passeios que vou fazer, nas pessoas que finalmente vou conhecer ao vivo... Vejo quantas amizades eu conseguir construir por lá, apesar da distância. E quando digo amizade, é amizade de verdade. Gente com quem eu falo todo dia, de quem sinto saudade, com quem tenho necessidade de conviver, nem que seja pelo MSN.

Ao mesmo tempo, bate uma certa tristeza e a consciência do quanto eu não soube construir a minha vida. Se eu tivesse sido inteligente, teria dedicado mais tempo à "vida real". Teria buscado fazer mais amigos em Salvador, no meu bairro, na minha rua. Mas, não. Nasci burra e nerd. Passei bom tempo da minha adolescência na frente do computador, conversando com pessoas de todas as partes do globo. E hoje eu fico aqui, dependendo de uma passagem aérea pra estar com amigos que me fazem sentir querida.

Ok, menos drama, mais fatos. É verdade, eu tenho muitos bons amigos por aqui. Mas pra 80% deles, sou eu quem telefono. Sou eu quem marco os programas. Sou eu quem ouço os nãos. Sou eu quem levo os bolos. Sou eu que fico vista como exagerada quando me chateio por ter levado os bolos. Parece que as pessoas daqui não entendem o quanto esse tipo de coisa me chateia.

É claro que nem todos os amigos que tenho em São Paulo são atenciosos. Mas os poucos que são, fazem a diferença. Gostaria tanto, tanto, taaaaaaaaanto que eles morassem perto de mim...

Chega por hoje, né, Helena?

segunda-feira, outubro 04, 2004

Jogue suas tranças!

Oi, gente!

Estou sem inspiração pra escrever, mas pra não deixar isso aqui vazio, resolvi fuçar meus arquivos e ver o que é que tinha de interessante pra postar. Acabei encontrando uma releitura de Rapunzel feita por meninas idiotas de 13/14 anos (eu e minhas amigas) pra um evento de arte no colégio. A peça foi um sucesso e tem gente que me reconhece até hoje como uma das três florezinhas que narrava a história através de músicas (clique aqui pra ver a única foto desse mico).

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Rapunzel - Ato I
Autoras: Cecília Sarno, Helena Martinelli, Laryssa Barreto e Mariana Queiroz.

Casa dos pais de Rapunzel. Mãe grávida ao telefone. Pai deitado nas almofadas de barriga pra cima.

Flores- Tudo começou há um tempo atrás/ Foi no pôr-do-sol/ O pai de Rapunzel pegou a mãe dela/ e crau.

Ultra- Alô? Disque ultra-som boa noite.

Mãe- Boa noite! Ah, estou tão emocionada, gostaria de saber o sexo do meu filho.

Ultra- O que é que eu tenho haver com isso?

Mãe- Aí não é o disque ultra-som?

Ultra- Ah! É , né? Bem ... bote o telefone na barriga. (pausa) Pode tirar! Tira! Tira!

Mãe- Alô ? Então: é menino ou menina?

Ultra- A senhora terá que responder a um questionário. Gostaria de saber se a criança brinca de carrinho.

Mãe- Sabe, é que...

Ultra- Isso não importa. Ela brinca de boneca?

Mãe- Mas é que...

Ultra- Isso também não importa. O bebê chuta?

Mãe- Chuta.

Ultra- Forte ou delicado?

Mãe- Acho que delicado.

Ultra- Então o disque ultra-som conclui que é gay.

Mãe- O quê?

Ultra- É, pois menina não chuta, só meninos, e como é delicado só pode ser gay. Tenha uma boa madrugada. Obrigado pela preferência pelo disque ultra-som.

Mãe- Querido tenho uma boa notícia pra lhe dar!

Pai- O quê? O Brasil virou primeiro mundo?

Mãe- Não, nosso filho é gay.

Pai- Nosso!!! Ele não é mais meu filho!! Seu filho é gay!!! Mande ele sair da minha casa agora!!

Mãe- Se ele for eu vou junto.

Pai- Ótimo dois coelhos numa cajadada só. Já ouviu?

Mãe- Eu vou pra casa da mamãe.

Pai- Lembranças pra sua mãe e o doce de jenipapo com jiló e levedura de cerveja em pó que ela faz muito bem.

Saem de cena.