segunda-feira, outubro 25, 2004

Silicone

Aqui em casa é uma coisa estranha, a minha irmã tem peitos enormes e eu não tenho quase nada. Ela sofreu muito mais com o excesso do que eu com a falta, mas nunca quis tirar. Até algum tempo atrás, quando ter peito ainda não era moda, dava muito mais trabalho achar roupas pra ela do que para a minha despeitada pessoa. Não é que a coisa mudou?

Semana passada, tive que comprar um vestido para ir à formatura do irmão de um amigo de Jureba. Entrei na minha loja preferida, experimentei alguns vestidos, e acabei escolhendo um que, segundo a vendedora, só precisava apertar um pouco no busto. Eu achei que não ia dar certo, mas Jureba estava lá comigo e me convenceu de que a mãe dele (que é costureira) daria um jeito fácil. Como o vestido era lindo e eu, sinceramente, queria acreditar que cabia nele, acabei pagando a pequena fortuna que ele valia.

No outro dia, fui conversar com a mãe de Jureba já mais do que desconfiada de que tinha feito besteira. Ela confirmou as minhas suspeitas com um certeiro "não tem jeito não, o que falta aí é peito".

Voltei à loja, experimentei todos os vestidos e não houve nenhum, NENHUM que não ficasse folgado no busto. Acabei comprando uma calça de crepe e uma blusa bonita pra não ir nua.

É claro que na formatura eu era uma das três mulheres de calça num universo de mais de 5000 pessoas.

Aí veio o golpe de misericórdia no meu amor próprio. Resolvi tirar foto ao lado de alguns ex-colegas de ginásio e, quando fui conferir o resultado na telinha da câmera digital, quem é que aparece posando do meu lado? A menina mais bonita do colégio, aquela de beleza mitólogica que tem a pele linda, o cabelo sedoso, malha desde os 15 anos e, ainda por cima, é tão legal que nem dá pra odiar.

Resultado do fim de semana: QUERO PEITOS, UM NARIZ NOVO, MELHOR, UM ROSTO NOVO, UM CABELO NOVO, UMA LIPO E UMA VONTADE LOUCA DE MALHAR AGOOOOOOOORA!!!!