domingo, fevereiro 29, 2004

Ai. Tô aqui ouvindo Landslide com Dixie Chicks e Stevie Nicks. É uma das músicas mais banjo na varanda que existe. Me sinto uma caipira total e completa escutando. Adoro!!!! *Chiiiiiiildren get older, and IIIIIIIIII'm getting older toooooo...*

No post de hoje eu não vou xingar ninguém, nem relembrar minha já ida infância. Vou aproveitar para fazer uns agradecimentos e um pedido de desculpas. Todos muito necessários.

Em primeiro lugar, obrigada, Clarice pela homenagem lá no seu blog!!! Muito fofa!!!! Tem versinho e tudo, uma graça, hahahaha!!!

Também devo um 'obrigada' ao meu amigo Adriano (a.k.a. Nabucodonosor) por ter me passado o w.bloggar, um grande facilitador de vidas. OBRIGADA, ADRIANO! E desculpa por te xingar, eu juro que foi sem querer... *Sooooo, take this love and take it down.*

Para finalizar, preciso pedir desculpas ao dan.zero pelo meu nível alcoólico na Trash. Dan, desde que eu comecei a namorar um cidadão abstêmio, meu contato com o álcool diminuiu estupidamente (vale dizer, por falta de oportunidade, não por subserviência). Naquele dia eu só tinha tomado duas caipirinhas e fiquei totalmente surtada. Eu não tenho a mais vaga lembrança de ter xingado o Adriano, só lembro de ter ficado super feliz quando te vi e dançado Sandra Rosa Madalena contigo... Desculpa, menino, na próxima trash eu prometo me comportar como uma dama.

*Well maybe... the landslide will bring you down!*

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

Quando eu tinha dez anos e, é bom deixar claro, ainda era uma criança de corpo e alma, meu pai foi viver por 6 meses em Paris para escrever sua tese de doutorado. Eu pedi para que, quando ele voltasse, me troxesse de presente o meu mais eterno sonho de consumo: uma Barbie. O quão especial seria a minha linda Barbie francesa! Gastei tanto tempo imaginando essa boneca, o rosto, o vestido, a cor dos cabelos. Cheguei a sonhar algumas vezes com o momento em que eu abriria a caixa e sentiria o cheiro de Barbie nova, o melhor de todos os cheiros para a menininha encantada que eu era.

Seis meses depois, quando o meu pai voltou, não me troxe uma Barbie. Ao contrário do que pregava o meu lindo sonho dourado, as Barbies francesas eram (pelo menos para o meu pai que, convenhamos, não era o maior entendedor do assunto) exatamente iguais às brasileiras. Para me agradar, ele foi em casas tradicionais chiquérrimas e me comprou uma linda boneca com cabelos ruivos e cheiro de canela.

A Ágata - foi assim que eu a batizei - é uma preciosidade. É grandinha, deve ter mais de cinqüenta centímetros, usa vestido, chapéu e tem carinha de criança. Chega até a ser irônico admitir que um presente tão rebuscado e lindo foi uma das maiores decepções da minha vida.

Eu não quero parecer ingrata, mas essa é a incômoda verdade. Até hoje eu sinto um aperto enorme no coração quando lembro da primeira vez em que olhei pra ela. Na minha "inocência cruel de criancinha", ainda tive a infelicidade de dizer: "mas eu queria uma Barbie". Como minha irmã mais velha me deu um beliscão bastante doloroso por debaixo da mesa, achei melhor agarrar a boneca e passar a amá-la de forma intensa imediatamente.

Não sei se o meu drama começou ali, mas o fato é que eu odeio ganhar presentes. É impressionante como eu quase nunca gosto das coisas que eu ganho. E ainda passo meses usando, sorrindo e fingindo que adorei. Mas na verdade, odeio. Porque a impressão que eu tenho em 80% das vezes que abro o embrulho é que o que está lá não foi comprado para mim, mas para um ser superior, ou inferior, ou qualquer um que não seja eu.

Acho que puxei a minha mãe nesse aspecto. A diferença é que ela é muito mais sincera e tem coragem de dar fim, devolver, ou trocar as coisas que odeia. Mas essa coragem, eu não tenho.

Eu não quero ir a Paris. Eu não quero gastar minha fortuna com roupas de marca, só pela marca. Eu não quero jóias. Não quero livros que não sejam de Dostoiévsky e Machado de Assis, nem discos que não sejam de Chico Buarque. Não quero quadros autênticos de Romero Britto na minha parede.

Eu quero conhecer o interior de Portugal. Quero usar o que eu gosto. Quero comprar os meus próprios anéis e colares porque eles significam muito mais pra mim do que deveria para alguém tão desleixada. Eu não quero nada além do mais necessário, simples e clássico. Eu quero o que eu sempre quero. E pronto.

p.s.: Se você é meu amigo, parente, namorado, animal de estimação ou qualquer um que tenha me presenteado, por favor, não se ofenda.

quarta-feira, fevereiro 25, 2004

Antes de começar o post, é bom deixar claro que eu não tenho nada contra o carnaval. Já fui uma grande entusiasta e foliã assídua, mas os abadás foram ficando caros, eu fui ficando pobre, a idade foi chegando e o hoje o meu carnaval é puramente indoors, curtindo o feriado com o meu namoradinho.

Apesar da reclusão, mesmo que eu quisesse fingir que a festa popular mais esperada de Salvador não existe, não conseguiria. Moro a apenas alguns metros dela. Ouço, vejo e sinto uma pequena parte da folia e acabo tendo que participar, de uma forma ou de outra (quer saber o trio que está passando na frente dos hotéis em Ondina? é só me ligar!). Além do mais, sou uma grande viciada em internet e a página principal do Terra se encarrega de me contar tudo que eu não descubro pelos ruídos.

Como observadora e crítica no carnaval, acordei me sentindo no direito de fazer um post só para mandar Daniela Mercury e Björk para a puta que as pariu. Perdão pelo palavreado, mas o ódio é grande, hehehe.

A Daniela Mercury, proclamada pela imprensa há 500 anos atrás a rainha do carnaval, é uma das pessoas mais arrogantes de que já se teve notícia nessa cidade. E olha que nós temos experiência no assunto. Logo no primeiro ano em que ela resolveu misturar axé com música eletrônica, o Brasil inteiro fez o maior alarde. Foi MTV, Video Show, o diabo, todo mundo falando bem da criatividade da cantora. Eu aposto que todo mundo que falou bem não teve o prazer de ficar 5 minutos ouvindo a música "axé-techno" que ela fez. Acreditem, amigos, eu estava lá e todos que estavam lá comigo ficaram com cara de parede ouvindo uma música chata, sem nexo e totalmente desestimulante. Imaginem alguém com uma batida putz putz gravada tentando cantar músicas de axé por cima. Foi isso. E ela ainda teve a coragem de ir na Marília Gabriela dizer que a música não empolgou porque o povo baiano não estava preparado para inovações musicais.

E agora a Björk, na verdade, o marido dela. O cara gasta um dinheiro lerdo fazendo um trio "experimental". Nem vou falar mal da música porque eu não ouvi, mas soube que também não empolgou. Mas o que todo mundo deve ter lido em algum lugar foi que no trio dele haviam coreografias eróticas, incluindo algumas que simulavam sexo e masturbação. Agora, lá vem o filho de uma puta de lá dos Estados Unidos filmar essa merda pra mostrar pro mundo todo e dizer que o carnaval de Salvador é isso. Um monte de gente fodendo em cima do trio. Não é isso não, meu senhor. Carnaval tem muito sexo, sim. Mas no beco, no quarto, no motel. Em cima do trio é música e algumas mulheres rebolando. Sexo, lá em cima, ninguém faz.

Cara, inovações no carnaval de Salvador acontecem o tempo todo! A festa não é, nunca foi, nem será fixa e imutável. Agora, esse bando de palhaço que quer aproveitar a chance de aparecer às custas de uma festa popular, faz um monte de merda em cima de um caminhão e ainda vem dizer que o povo que não gostou é ignorante, devia ir mesmo pra puta que pariu. E tenho dito.

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Eu fui solteira por 18 longos anos da minha vida e passei a maior parte desse tempo acreditando que era o último dos seres. Via todas as minhas amigas namorando, ou ficando sempre com o mesmo cara e eu lá variando, sem ter nada sério. Lembro de algumas pessoas me dizendo que eu era muito "exigente" e por isso não arranjava nunca um namorado.

Levando em consideração todos os dias dos namorados em que passei sozinha, as saídas em que segurei vela, as noites solitárias na net, eu posso dizer com muito orgulho que não me arrependo. Hoje eu tenho consciência da sorte que eu tive porque aprendi a ser e estar sozinha.

Não posso dizer que foi bom o tempo todo. É claro que um amor faz falta, por milhares de motivos. Mas, poxa, estar com alguém não é tudo. Quantas pessoas nesse mundo ficam com qualquer porcaria só por medo da maldita solidão? Deus me livre. Eu prefiro morrer sozinha e esquecida pela humanidade a dividir minha vida com alguém que não me compreenda, não me satisfaça, não me conheça.

Mas o que me diziam sobre o ser exigente era verdade. Eu nunca "arranjei" um namorado. Eu esperei o cara certo chegar. E recomendo.

sexta-feira, fevereiro 13, 2004

A PESSOA QUE EU QUERO SER...

[+] se mata de estudar durante o ano e se diverte horrores nas férias
[+] está sempre cercada de amigos
[+] é louca por salada
[+] vai ao cinema pelo menos uma vez por semana
[+] adora conversar, mas é reservada e só expressa suas opiniões a respeito do que quer que seja quando acha conveniente
[+] veste roupas meio retrô, mas com um toque urbano
[+] não come porcaria, nem bebe refrigerante
[+] adoro preto e branco
[+] tem amigos que adoram sair, estão sempre convidando pra um lugar novo e nunca recusam um bom programa
[+] não tem medo, nem vergonha de não saber
[+] tem cabelos cacheados, porém comportados
[+] é completamente apaixonada pelo namorado e faz questão de dizer isso a ele sempre que pode
[+] lê muito
[+] não tem pavor de dirigir e já tirou carteira
[+] gosta de tirar fotos e não se importa se elas fica boas ou não
[+] malha pelo menos uma hora por dia, todos os dias, religiosamente
[+] consegue ficar calada mais de 5 minutos
[+] tem um coração grande e um cérebro maior ainda
[+] dorme cedo e acorda cedo
[+] não se acha o último dos seres quando faz alguma coisa errada
[+] faz aulas de dança do ventre aos sábados
[+] vai aos shows de todos os seus artistas preferidos, com ou sem companhia
[+] sempre liga pros amigos, mesmo que eles não liguem de volta
[+] gosta de desenhar e pratica sempre que pode
[+] é sincera na medida em que o outro permite
[+] não fuma e só bebe em ocasiões especiais
[+] tem muita força de vontade
[+] não tem tpm
[+] sabe que só sabe dela

Post inspirado pelas belas fotos que o meu grande amigo Black Lotus tirou durante minha viagem a Sampa.

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Nessa volta ao mundo bloguístico - que foi muito mais calorosa do que eu imaginava - estou enfrentando um pequeno dilema. Em cada diário que comento, acabo assinando com um nick diferente. Tem Vampirinha, Pirinha, Drosófila Basófila, Drosófila e eu ainda poderia assinar como Ovelha Assassina.

Vampirinha (homenagem à Vampira dos X-Men) foi o meu primeiro nick na net. Eu acho breguérrimo, mas tenho um carinho especial por ele. Afinal, foi o meu primeiro e o primeiro a gente nunca esquece. Muitos dos velhos amigos ainda me chamam assim, ou então de Pirinha. É como se fosse o meu "nome de verdade" na net e os outros fossem só apelidos.

Como Ovelha Assassina eu não quero assinar mais. Foi uma fase muito pop da minha vida, uhauhauhauha. Aquele blog cheio de gente era assustador. Eu nunca teria culhão para ser um Nabucodonosor da vida. O cara é muito foda. Sempre postando coisa boa, visitando mil blogs diferentes por dia (e aproveitando pra fazer uma propaganda).. mas é um personagem. O Adriano, o homem por trás das cortinas, pouca gente deve conhecer. E eu sou eu em excesso. Sou muito passional, não consigo calcular as palavras... Pra ser top de linha, é necessário frieza.

É claro que os tempos de Ovelhinha não foram de todo ruins. Eu tive a oportunidade de conhecer muitos blogs geniais naquela época e ler coisas interessantíssimas. A Milla e a Bru (obrigada pelos comentários), por exemplo, foram achados. E a Mariah também... Preciso descobrir onde anda o blog dela! Ria pacas! Tinha mais gente que eu nem estou lembrando agora, vou tentar ir reencontrando aos poucos esse pessoal.

Mas eu acho que vou acabar adotando como nick oficial por aqui o Drosófila Basófila. Primeiro porque eu adoro esse nick. Ele tem ls e rs, ele rima, ele é pseudo-científico e quase ninguém sabe o que significa (até porque ele não significa nada). É tão louco que a impressão que eu tenho é quem lê nunca esquece. Está decidido, de agora em diante só vou assinar Drosófila Basófila e derivados no mundo dos blogs.

Também foi o nick que eu usei no meu primeiro blog, o mais mal feito e divertido de todos. Foi com ele que a minha caixa de comentários começou a encher. Aí o sucesso me subiu à cabeça e eu resolvi deixar de fazer um diário pra mim e fazer pros outros. Foi meu erro.

A minha proposta nesse novo blog é tentar ser 100% eu e 80% sincera. Afinal, não adianta nada fazer um monte de texto 'de verdade' e deixar todo mundo com sono. Ninguém merece, uhauhauhahuuhahauha!

Brigada pelas boas vindas! Estou muito feliz de ter voltado!

Fiquem bem!

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Hum.

Hoje acordei com vontade de fazer um blog. Mas um blog pequenininho, discreto, humilde. Pra eu não ficar querendo saber quantas pessoas comentaram, nem visitar de volta todos os estranhos que fizeram a delicadeza de aparecer por aqui. Não sei se vou conseguir porque sou muito vaidosa e o poder de sedução de uma caixa de comentários lotada é muito forte. Mas não custa tentar...

Vou ter muito tempo livre para postar. A matrícula de 2004.1 da Federal está marcada para Maio, mas os professores e servidores estão organizando uma greve pra Março. Vamos ver se nesse tempo eu consigo fazer alguma coisa da minha vida.