segunda-feira, janeiro 28, 2008

MUDEI!!

Agora estou no http://drosofila.wordpress.com. Passem lá, vai ter bolo!

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Cruel Angel's Thesis

Interrompemos a nossa programação normal para alguns esclarecimentos acerca deste blog (que anda bem paradinho, é verdade) e da criatura que o escreve.

Meu nome é Helena, tenho 24 anos e vivo em Salvador, Bahia (oi, Heleeeeeeeena!). Não, não sou estilista, estudante de moda, jornalista, modelo, nem nada ligado à indústria fashion. Não sou e nem pretendo. Gosto de moda como de literatura, futebol e reality shows: de longe, como espectadora e comentarista despretensiosa.

Até dois anos atrás, nunca tinha sequer aberto uma Vogue intencionalmente. E eu não sei bem se foi a faculdade nova, a idade avançada, ou a proximidade de seres humanos estilosos, mas de uma hora pra outra eu percebi que a minha imagem era totalmente diferente daquilo que eu gostaria de ser e parecer. E de lá para cá foram tantas pesquisas na internet, mudanças na cor do cabelo, ligações pro bff e compras na Zara que eu já perdi a conta.

Depois desse período chafurdando na moda, tentando aprender e entender um pouco desse mundo, começo a perceber que o que eu procuro (e encontro) nele é expressar a minha individualidade de forma coerente com o tempo e espaço ao qual pertenço. E eu ia até tentar desenvolver esse parágrafo, mas essa primeira frase Gilberto Gil me deixou com a impressão de que é melhor deixar como estar pra não piorar.

O que eu quero esclarecer nesse post é que esse não é um blog que trata de moda, é um blog que trata de mim. A moda é uma conseqüência. E não precisa nem dizer que eu não tenho cacife nem intenção de opinar profissionalmente sobre estilistas, tendências e figurinos, né? Em resumo: não me levem a sério. A não ser que eu peça. Ou não.

p.s.: Falando em reality shows, que bosta esse BBB!
p.s. do p.s.: Pra quem anda precisando de um reality de qualidade, vai lá no mininova.org e baixa a temporada nova de American Idol. Esse, sim!
p.s. do p.s. do p.s.: I love you, brother!

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Noruega

"Imagine um país com estações inteiras de luz e escuridão. Imagine um país onde a neve a derreter dá lugar a uma frágil floração. Onde o mar encontra a montanha. Onde a natureza gera a arte. Um país que acolhe todos os tipos de opiniões, estilos de vida e culturas."

Texto adaptado daqui.

Esqueceram de acrescentar: "Um país caro feito o estopor, pelo menos para você, turista de terceiro mundo, cujo salário nem se aproxima do nosso mínimo. Onde um frio congelante e assassino faz doer partes do corpo que você nem sabia que existiam. Um país cujos alces ficam bêbados, invadem residências e atacam pessoas. País que é a morada do Caum!"

Faltam 18 dias. \o/

p.s.: As temperaturas dessa semana estão super amenas! Quando eu for, deve estar lá pros -20C...

sábado, janeiro 12, 2008

Tanta coisa legal acontecendo no mundo, né? FARC liberando prisioneiros, desfiles lindos no Fashion Rio, mamãe desencavando casacos fofíssimos para a minha viagem, visitas ilustres e inesperadas nesse blog que é pobre, mas limpinho... É alegria demais! Mas não vim aqui pra comemorar, foi pra me queixar, afinal de contas é pra isso que servem os diários. =p

Hoje fui ao Salvador Shopping passear um pouco com o noivinho sempre ocupado e, adivinhem? Meia hora de distração, toca o telefone - lá vai ele acompanhar uma cirurgia. Tudo bem, vida de interno é isso mesmo. Aproveitei a solidão, me dei de presente um livro que queria há séculos e fui ler na praça de alimentação (sim, eu quero ser francesa).

Antes disso, aproveitei a dica de um blog e fui conhecer a Farm, uma marca carioca que ganhou matéria no Style.com e tem filial em Salvador (iêêêêêêêêêêêêêêêê!). Foi amor à primeira vista. Queria tudo, tudo, tudo. Mas quem tem pouco dinheiro e viagem marcada pra cidade mais cara do mundo não pode se dar ao luxo de comprar roupa nova.

Fiquei tão triste que nem entrei na Espaço Fashion, que também sou doida pra conhecer. Paquerei a vitrine por horas, mas odeio entrar em um lugar quando sei que não vou comprar nada (é idiotice, eu sei). Fica pra próxima.

Mas não é que o dia acabou bem? Quando meu macho voltou, compramos nossas alianças novas! Encontramos do jeitinho que a gente queria: bem fininhas, em ouro branco e por um preço incrível na Vivara! E o mais fofo de tudo é que o nome da vendedora era Francisca, uma quase xará do nosso futuro filho! Nhóóóóóóóóóó!

sexta-feira, janeiro 04, 2008

The most stylish of all

Alguém deu uma olhada na lista dos 50 homens mais estilosos dos últimos 50 anos segundo a GQ? Algumas escolhas óbvias (e justas), outras questionáveis (Woody Allen?!) e uma falta imperdoável: Fred Astaire. Apesar dos pesares, uma matéria bem interessante com fotos espetaculares (a de Robert Redford veio parar no meu desktop). Mandei pro namorado esperando comentários profundos e ele me respondeu com um e-mail de meia linha dizendo: "Olha como Miles Davis parece Pelé!".

Em se tratando dos homens "de verdade", nunca conheci ninguém mais elegante que meu avô paterno, o velho Pedro Serra. Até hoje não consigo entender como uma pessoa que vivia em pleno semi-árido baiano conseguia estar sempre arrumada, elegante e cheirosa. Era até meio surreal ver um senhor esguio de camisa abotoada, sapato fechado, cinto combinando e boina xadrez no meio daquela paisagem esturricada e do lado de uma esposa que não se preocupava em nada com a aparência.

Tem gente que precisa de personal stylist, cabeleireiro, massagista e psiquiatra pra ficar apresentável. Meu avô dormia e acordava impecável. Infelizmente, não herdei os genes da elegância inegável, da postura principesca, dos olhos acizentados. Herdei uma tremenda de uma saudade e uma admiração que não tem fim por tudo o que ele representa na minha vida.

Vovô Pedro morreu aos 90 anos, quando eu tinha 6. Foi enterrado com o mesmo terno que vestiu no dia do seu casamento. Quando o vi morto, lembro de ter pensado que aquele não era meu avô, era um boneco pálido que em nada se assemelhava ao senhor da pele cor-de-chocolate que dividia comigo licuri cozido e chorava no portão sempre que as férias acabavam eu voltava para Salvador.

Na foto, vovó Esther, eu e vovô Pedro em frente à casa deles em Brumado.