Da série ex-empregadas
Valdelice: Seu Ordep, ligaram dizendo que era urgente falar com o senhor e deixaram recado.
Ordep: Que recado?
Valdelice: Aaaaah, isso eu não lembro, não senhor.
Ordep: Mas de onde era?
Valdelice: Era do Rio ou de São Paulo.
Ordep: Mas você lembra o nome da pessoa?
Valdelice: Também não lembro não.
Ordep: Era homem ou era mulher?
Valdelice: Eu tava ouvindo, não tava vendo!
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Belo diálogo travado entre meu pai e Valdelice, nossa ex-empregada. Como vocês puderam conferir, ela entregava recados como ninguém e cozinhava panquecas de concreto, impossíveis de serem cortadas sem a ajuda de uma britadeira. Trabalhou conosco por 10 anos e eu nem sei porque saiu - apesar dos pesares, é um doce de pessoa. =)
Valdelice: Seu Ordep, ligaram dizendo que era urgente falar com o senhor e deixaram recado.
Ordep: Que recado?
Valdelice: Aaaaah, isso eu não lembro, não senhor.
Ordep: Mas de onde era?
Valdelice: Era do Rio ou de São Paulo.
Ordep: Mas você lembra o nome da pessoa?
Valdelice: Também não lembro não.
Ordep: Era homem ou era mulher?
Valdelice: Eu tava ouvindo, não tava vendo!
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Belo diálogo travado entre meu pai e Valdelice, nossa ex-empregada. Como vocês puderam conferir, ela entregava recados como ninguém e cozinhava panquecas de concreto, impossíveis de serem cortadas sem a ajuda de uma britadeira. Trabalhou conosco por 10 anos e eu nem sei porque saiu - apesar dos pesares, é um doce de pessoa. =)
Como meu estômago é maior que meu cérebro, tive que pensar logo numa opção gastronômica. O acarajé da Cira é, atualmente, o melhor de Salvador. Pra minha infelicidade, Dinha, a dona do melhor ponto (no largo de Santana), vem fazendo um acarejé podre de tão ruim. A solução? Simples, sentar num dos bares em volta de Dinha e eleger um amigo para atravessar a rua e comprar acarajés em Cira. Assim dá pra comer do bom e do melhor e ainda tomar minha coca-cola ao lado de toda a espécie de gente interessante: hippies, povo do rock, intelectuais, boêmios...
Que dizer? É lindo, lindo, lindo, lindo. Depdendendo do nível de capricho da natureza, o pessoal bate palma na praia. Confesso que não vou nunca, só aprecio o espetáculo de passagem pela janela do ônibus. Mas é o tipo da coisa que te salva de um dia ruim, sabe?
Sou chata pra cacete: odeio que me peguem, odeio que me olhem, odeio que me gritem... Mas ir com os amigos passear pela Avenida Sete é um dos meus programas preferidos. Pros paulistas, é como se fosse uma miniatura da 25 de Março: a gente passeia entre os camelôs, as lojas populares e os prédios antigos, compra pequenas bugingangas e leva um monte de empurrão. Sei que não parece muito bacana à primeira vista, mas não tem como não sair feliz depois de tantas aquisições baratéééérrimas e de presenciar as múltiplas pérolas proporcionadas pela baianidade concentrada. Ah, não achei foto da Avenida Sete, então essa aí do lado é a Igreja da Piedade que é lá pertinho (numa rua paralela).
Está longe de ser a melhor sala de cinema Salvador: as cadeiras tem uma disposição esquisita, os um é ruim e a tela é pequena. Mas ô cineminha charmoso! Além da localização fantástica (fica na Vitória, meu bairro preferido), ele faz parte da rede Sala de Arte que espalhou filmes alternativos por Salvador. Antes do filme, é bom dar uma olhadinha no belo acervo do Museu Geológico e depois tomar um capuccino fazendo cara de intelectual. Adoro!
Não importa em que parte da cidade, esse é o melhor horário pra passear. É quando o sol vai baixando, as pessoas vão voltando pra casa, o cheiro do acarajé sobe e Salvador fica com mais cara de Salvador, sabe? Pra saber como é, ouça "João valentão" do gênio Caymmi (de preferência Nana cantando no disco da família toda ao vivo, mas a de elis também serve). O sentimento é o mesmo.
